Introdução
A liturgia deste domingo
ensina-nos onde encontrar Deus. Garante-nos que Deus não Se revela na
arrogância, no orgulho, na prepotência, mas sim na simplicidade, na humildade,
na pobreza, na pequenez. A
história da salvação mostrou, muitas vezes, que é através dos pequenos, dos
humildes, dos pobres, dos insignificantes que Deus atua no mundo e o
transforma. Deus está mais na viúva que lança no tesouro do Templo umas pobres
moedas do que no capitalista que preenche um cheque grande para pagar os
vitrais da nova igreja da paróquia; Deus está mais no gesto simples do
pacifista que oferece uma flor a um soldado do que na violência daqueles que
lutam de armas na mão contra os “maus”; Deus está mais no olhar límpido de uma
criança do que na palavra poderosa de um pregador inflamado que “sabe tudo”
sobre Deus…
Primeira
Leitura - Zc 9, 9-10
O
Deutero-Zacarias descreve, neste oráculo, o regresso do rei vitorioso a
Jerusalém. A cidade é convidada a alegrar-se e regozijar-se pois o seu rei,
“justo e salvador”, chegou. A entrada triunfal desse rei justo e vitorioso é,
no entanto, humilde e pacífica: ele não cavalgará um cavalo de guerra (símbolo
do militarismo), mas um “jumentinho, filho de uma jumenta”. A atitude deste
“rei” contrasta claramente com as exibições de força, de poder, de agressividade
dos grandes do mundo…O projeto não será realizado mediante o poder opressor e a
força militar, mas através da ação do Messias, cuja característica fundamental
é a justiça e a solidariedade com os pobres. O Messias construirá a paz, isto
é, a vida plena para todas as nações, chamadas que são a fazer parte do povo de
Deus. Segundo Mt 21,4-9, Jesus é a realização plena deste anúncio.
Segunda
Leitura - Rm 8, 9.11-13
Continuamos a ler a
Carta aos Romanos. Ela apresenta-nos um Paulo amadurecido que, depois de vários
anos de incansável trabalho missionário, expõe, de forma serena, a sua reflexão
sobre a salvação (numa altura em que a questão da salvação era uma questão
teológica “quente”: os judeu-cristãos acreditavam que, para chegar à salvação,
era preciso continuar a cumprir a Lei de Moisés; e os judeu-pagãos não
manifestavam nenhuma vontade de se submeter aos ritos da Lei judaica).
Evangelho
- Mt 11, 25-30
O
nosso texto consta de três “sentenças” que, provavelmente, foram pronunciadas
em ambientes diversos deste que Mateus nos apresenta. Dois desses “ditos” (cf.
Mt 11,25-27) aparecem também em Lucas (cf. Lc 10,21-22) e devem provir de um
documento que reuniu os “ditos” de Jesus e que tanto Mateus como Lucas
utilizaram na composição dos seus evangelhos. O terceiro (cf. Mt 11,28-30) é
exclusivo de Mateus e deve provir de uma fonte própria.
Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino.
Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do
Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os
pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e
continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes
haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e
na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para
evangelizar.
Reflexão
1.
Tentamos resolver as questões com diálogo e na paz?
2.
Estamos lutando para vencer os procedimentos carnais?
3.
Procuramos assemelhar nosso coração ao Coração manso e humilde?
Dinâmica
Entrar
com um grande coração e com uma faixa onde está escrito: Sou manso e humilde de
coração