2 de jul. de 2014

14º DOMINGO DO TEMPO COMUM



Introdução

A liturgia deste domingo ensina-nos onde encontrar Deus. Garante-nos que Deus não Se revela na arrogância, no orgulho, na prepotência, mas sim na simplicidade, na humildade, na pobreza, na pequenez.  A história da salvação mostrou, muitas vezes, que é através dos pequenos, dos humildes, dos pobres, dos insignificantes que Deus atua no mundo e o transforma. Deus está mais na viúva que lança no tesouro do Templo umas pobres moedas do que no capitalista que preenche um cheque grande para pagar os vitrais da nova igreja da paróquia; Deus está mais no gesto simples do pacifista que oferece uma flor a um soldado do que na violência daqueles que lutam de armas na mão contra os “maus”; Deus está mais no olhar límpido de uma criança do que na palavra poderosa de um pregador inflamado que “sabe tudo” sobre Deus… 

 

Primeira Leitura - Zc 9, 9-10

O Deutero-Zacarias descreve, neste oráculo, o regresso do rei vitorioso a Jerusalém. A cidade é convidada a alegrar-se e regozijar-se pois o seu rei, “justo e salvador”, chegou. A entrada triunfal desse rei justo e vitorioso é, no entanto, humilde e pacífica: ele não cavalgará um cavalo de guerra (símbolo do militarismo), mas um “jumentinho, filho de uma jumenta”. A atitude deste “rei” contrasta claramente com as exibições de força, de poder, de agressividade dos grandes do mundo…O projeto não será realizado mediante o poder opressor e a força militar, mas através da ação do Messias, cuja característica fundamental é a justiça e a solidariedade com os pobres. O Messias construirá a paz, isto é, a vida plena para todas as nações, chamadas que são a fazer parte do povo de Deus. Segundo Mt 21,4-9, Jesus é a realização plena deste anúncio.

 

Segunda Leitura - Rm 8, 9.11-13

Continuamos a ler a Carta aos Romanos. Ela apresenta-nos um Paulo amadurecido que, depois de vários anos de incansável trabalho missionário, expõe, de forma serena, a sua reflexão sobre a salvação (numa altura em que a questão da salvação era uma questão teológica “quente”: os judeu-cristãos acreditavam que, para chegar à salvação, era preciso continuar a cumprir a Lei de Moisés; e os judeu-pagãos não manifestavam nenhuma vontade de se submeter aos ritos da Lei judaica).

 

Evangelho  - Mt 11, 25-30

O nosso texto consta de três “sentenças” que, provavelmente, foram pronunciadas em ambientes diversos deste que Mateus nos apresenta. Dois desses “ditos” (cf. Mt 11,25-27) aparecem também em Lucas (cf. Lc 10,21-22) e devem provir de um documento que reuniu os “ditos” de Jesus e que tanto Mateus como Lucas utilizaram na composição dos seus evangelhos. O terceiro (cf. Mt 11,28-30) é exclusivo de Mateus e deve provir de uma fonte própria. Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.

 

Reflexão

1. Tentamos resolver as questões com diálogo  e na paz?

2. Estamos lutando para vencer os procedimentos carnais?

3. Procuramos assemelhar nosso coração ao Coração manso e humilde?

 

Dinâmica

Entrar com um grande coração e com uma faixa onde está escrito: Sou manso e humilde de coração